Fonte: Gazeta Digital, créditos da imagem: Reprodução
A família de Emelly Azevedo Sena, 16, já escolheu uma advogada para representá-los no processo sobre o homicídio da adolescente, que ainda deve ser aberto. Joseilde Soares Caldeira disse que já está acompanhando o caso, mas pontuou que ainda existem muitas dúvidas sobre como tudo ocorreu e sobre a real participação de todos os envolvidos.
O crime bárbaro foi desvendado nessa quinta-feira (13), quando o corpo de Emelly foi encontrado no quintal do irmão da suspeita Nataly Helen Martins Pereira, 25, no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá.
Durante o velório, realizado nessa sexta (14), familiares protestaram pedindo justiça e, na ocasião, a advogada Joseilde Soares Caldeira pontuou que ainda existem muitas perguntas sem resposta.
“Tem que ser feita a justiça. Não temos nem como saber ainda quem está certo, quem está errado, qual é a decisão que foi tomada, se teve realmente participação de mais pessoas, isso vai se aprofundar no decorrer, tem a instrução, tem a investigação”, disse.
O caso ainda está em fase de investigação, mas quando esta etapa for concluída o Ministério Público deve oferecer denúncia contra os autores do crime. A partir daí o homicídio será esclarecido na Justiça. Caldeira disse que já está acompanhando o caso de perto.
“A família, agora, faz a última despedida. Neste momento não tenho nem como questionar o que vai ser feito, o que já foi feito, não vimos nada ainda (…). Sou a assistente de acusação, sou advogada criminalista, já estou acompanhando o processo, só não analisei ainda. Primeiro passo é encaminhar os pedidos, fazer o que tem que ser feito”, afirmou.
O caso
Conforme noticiado pelo GD, Emelly saiu de casa no final da manhã de quarta-feira (12), no bairro Eldorado, em Várzea Grande e avisou a família que estava indo para Cuiabá buscar doações de roupa na residência de um casal.
Durante a noite, uma mulher apareceu no hospital com um bebê recém-nascido, alegando que era filho dela e que tinha dado à luz em casa. Mas, após exames, a médica do plantão confirmou que a mulher sequer esteve grávida.
A mulher relatou a equipe médica que deu à luz em casa. Os profissionais observaram que a criança estava limpa e sem sangramento. Além disso, exames ginecológicos e de sangue demonstraram que a mulher não tinha parido recentemente. Ela também não tinha leite para amamentar a bebê.
Polícia Militar foi acionada e descobriu que uma jovem de 16 anos estava desaparecida e o registro tinha sido feito no Núcleo de Pessoas Desaparecidas da DHPP. Diligências começaram e, na manhã de quinta-feira (13), os investigadores chegaram até uma casa no Jardim Florianópolis, onde o corpo de Emelly foi encontrado.
Ele estava em uma cova rasa, no quintal. Vítima tinha lesões no corpo, mãos e pés amarrados, sacolas na cabeça e uma lesão no pescoço. Além disso, havia um corte enorme na barriga, em formato de ‘T’. Perícia foi acionada e 4 pessoas foram detidas, entre elas, o casal que chegou no hospital.
No decorrer do dia, a DHPP prendeu em flagrante Nataly Helen Martins Pereira, 25, que atacou Emelly e retirou a filha dela da barriga, depois, enterrou a menina no quintal. Crime cruel, chegou até mesmo os policiais envolvidos na ocorrência. O marido dela, irmã e o cunhado, que estavam detidos, foram liberados.