Durante a deflagração da Operação Tarântula, da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (Derfva), policiais civis apreenderam, na residência de um dos criminosos, 20 relógios de diversas marcas, furtados de vítimas da quadrilha. A operação desarticulou um grupo, que se estruturou para furtar veículos em condomínios residenciais de luxo em Cuiabá e Várzea Grande.
Os crimes praticados pela quadrilha geraram um prejuízo aproximado de R$ 6 milhões às vítimas. As investigações levaram a Polícia Civil a desvendar o modo de atuação do grupo, que agia em células, com funções distintas, para cometer outros crimes após o furto dos veículos.
O balanço parcial da operação aponta que dez criminosos foram presos preventivamente e apreendidos quatro veículos – entre eles um caminhão, R$ 3,1 mil em dinheiro, cédulas de documento falso e arma de fogo, além de peças de veículos, motores e lataria cortada.
As ordens judiciais foram cumpridas em Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, Lucas do Rio Verde, Vila Bela da Santíssima Trindade e Pontes e Lacerda. A operação também resultou no bloqueio de contas bancárias de integrantes da organização criminosa.
Investigações
As investigações da Derfva começaram em dezembro do ano passado, após uma série de ocorrências de furtos qualificados em condomínios. A equipe da delegacia identificou um mesmo modo de ação da quadrilha, que agia primeiro no furto ou roubo dos veículos. Cruzamento de informações levaram a equipe a identificar conexão entre os fatos apurados.
Depois dos furtos, geralmente praticados por adolescentes no interior de condomínios de luxo, os veículos eram estacionados em um outro local para “esfriar”, ou seja, até que fossem concluídas as primeiras iniciativas de apreensões dos veículos por parte das forças de segurança.
Após esse período, os veículos eram transportados para um local utilizado pela organização criminosa para adulterar as placas veiculares e providenciar os encaminhamentos dos veículos de acordo com as oportunidades oferecidas – desmanches ilegais, vendas em plataformas digitais e rede sociais ou comercialização no país vizinho.
Segundo o delegado Gustavo Garcia Francisco, titular da Derfva, o grupo levava, além dos veículos automotores, joias, eletrônicos, documentos pessoais e cartões bancários, com os quais foram feitos compras e saques.
“Ficou caracterizado que os suspeitos entravam no condomínio para furtar as casas, uma vez que muitos moradores, por acreditarem na segurança de morar em um condomínio fechado, deixavam as portas abertas. Desta forma, o suspeito subtraía diversos bens, como joias e eletrônicos, entre outros, como chave e controle do veículo, possibilitando sair facilmente do condomínio com o carro furtado”, explicou o delegado.
Fonte: Mídia News