O grupo Folclórico Flor Ribeirinha de São Gonçalo Beira Rio, se tornou campeão na Bulgária, neste sábado, 16 de julho, sendo terceiro título mundial, representando o Brasil e Mato Grosso. O grupo recebeu o troféu ‘Golden Peak’, (pico de ouro), nome em alusão a uma grande montanha da Bulgária.
O grupo participa de uma em turnê pela Europa desde junho, já circulou pela Croácia, Eslovênia e Bulgária. Realizou apresentações em diferentes cidades e participou de duas competições no maior festival de danças folclóricas em Sófia, na Bulgária, onde venceu na 26° edição do Festival anual Vitosha Internacional Folklore Festival, com o tema ‘Juntos no Amor pela Dança’
O Flor Ribeirinha fez cerca de 40 apresentações nos palcos e em desfiles pelas ruas durante os Festivais de Folclore nos três países europeus, onde demostraram com muita energia, as cores e a beleza da cultura popular brasileira, especialmente a cultura Mato-grossense.
O diretor Artístico do grupo, Avinner Brandão, explicou que o objetivo do festival na Bulgária, foi de promover a arte da dança folclórica regional de várias áreas do país e familiarizar o público com o folclore dos países visitantes. Ele disse que o festival começou com um desfile no parque Borissova Grandina com os grupos búlgaros e estrangeiros. Em seguida com uma cerimônia oficial de abertura. “O Flor Ribeirinha competiu com 17 grupos folclóricos e participou de duas categorias competitivas, entre elas: solo/dueto com os bailarinos, Ludmila Arruda e Willian Vicente, e na categoria em grupo, pelo qual se consagrou campeão” comemorou, lembrando que em 26 anos de história do festival, foi a primeira vez que o Brasil venceu, embora outros grupos brasileiros já tenham participado.
O diretor artístico ressaltou que a dança que levou o Flor Ribeirinha no embalo para a final da competição foi o ritmo alegre e contagiante do Siriri, uma das manifestações culturais que reflete a cultura Mato-grossense. A dança que consagrou o grupo campeão, foi a dança do Boi Bumbá, reconhecida da região Norte do Brasil, oriunda de Parintins da Amazônia. “Entre pajés, cunhã porangã, sinhazinha da fazenda, surge o Boi Bumbá, uma homenagem consciente aos povos indígenas do Brasil. Isto demonstra que as manifestações culturais brasileiras são únicas e expressivas”, garantiu, informando que o Boi Bumbá, é um dos quadros do espetáculo ‘Mato Grosso Dançando o Brasil´ que também conquistou os prêmios internacionais da Turquia e da Polônia, nos Festivais de Folclore.
A turnê internacional contou com o apoio da Federação Internacional de Danças Folclóricas, que fez o convite ao grupo, do Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer e da Associação Mato-grossense dos Municípios, além dos mantenedores, Energisa, Malai Manso, Sicoob, Bio Óleo, Dona do Lar e Braavos Indoor.
O presidente do setor América, representante nacional para o Brasil e membro da Comissão de Festivais da FIDAF, Regis Bastian, destacou que o grupo Flor Ribeirinha é o mais preparado para os festivais, pois representa muito bem o país. Em seu repertório, além dos quadros regionais como o Siriri, levou outras danças das regiões brasileiras, com destaque para o Amazonas, com o Boi Bumbá. “Não tenho dúvida de que não houve escolha melhor pelo corpo de jurado quanto ao Flor Ribeirinha, é um grupo que transmite emoção e alegria a todos que assistem, e deixou marcas por onde passou. É o que mais se destaca pelo seu nível artístico e pela qualidade humana do elenco. É um grupo que ainda vai brilhar muito no cenário internacional”, garantiu Regis.
Texto: Malu Sousa
Fotos: Eduardo Andrade