Emanuel cita risco de colapso e diz que vai recorrer contra demissão de 3,5 mil servidores na Saúde

O prefeito licenciado Emanuel Pinheiro (MDB) declarou que a decisão judicial que determinou a demissão de cerca de 3,5 mil servidores temporários da Secretária Municipal de Saúde da Capital pode causar um colapso na rede pública.

Durante live no Facebook na noite desta terça-feira (22), o gestor afirmou que município vai cumprir a determinação, mas irá tentar recorrer perante ao Ministério Público Estadual e o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

“Só 1.600 foram aprovados e é esse excedente e quase 4 mil que veio a decisão judicial para exonerar. Estamos mostrando ao Ministério Público e ao desembargador Luiz Ferreira que é o relator que a exoneração imediata dessa forma pode causar um colapso e um caos no sistema de Saúde”, disse.

Conforme noticiou o GD nesta terça, o desembargador Luiz Ferreira da Silva determinou que o gestor municipal demita todos os servidores temporários que não estejam aprovados em processo seletivo na Saúde municipal.

O despacho atendeu ao pedido do Ministério Público Estadual (MPE), que solicitou o cumprimento das medidas cautelares impostas como contrapartida a decisão que autorizou o retorno de Emanuel a suas funções no Palácio Alencastro.

No documento, o MPE argumentou que diante da homologação do processo seletivo no dia 3 deste mês não há motivos para manter os servidores comissionados . Durante a transmissão, o emedebista ainda afirmou que precisa suprir as necessidades das redes de saúde da Capital e irá tentar rever a determinação.

“Decisão judicial não se discute, se cumpre. Fizemos para quase 4 mil vagas que era o foco para resolver esse problema e infelizmente apenas 1.600 foram aprovados. Isso não depende de nós, quero gerar emprego para todo mundo e garantir saúde humanizada para todos e para isso eu preciso de gente”, finalizou.

 

Demissão em massa
Após tomarem conta do desligamento, um grupo de servidores da Coordenaria Técnica de Obras e Serviços gravou um vídeo lamentando o fato de que pais de famílias ficarão sem sua fonte de renda.

Na gravação, um deles cita o governador Mauro Mendes (União) e supõe que a demissão tenha sida influenciada por interesses políticos.

“Esses são os rostos dos pais de famílias que estão sendo desligados por uma decisão monocrática e totalmente politiqueira do governador Mauro Mendes. Parabéns governador, esses são os funcionários que você deixou desempregados por não ouvir a área técnica. Foi simplesmente por pura e qualquer política, independente dos seres humanos que estão aqui trabalhando”.

Fonte: Gazeta Digital